quinta-feira, 31 de março de 2016

Um pouco mais de Bariloche

No post anterior, eu comecei a falar sobre a nossa ida a Bariloche, dei algumas dicas gerais. Mas neste, vou contar para vocês mais especificamente sobre os passeios aos cerros que fizemos.
Nosso 1º dia de passeio foi ao Circuito Chico/Cerro Campanario. É um passeio mais curto. tipo um tour. Interessante e de belas paisagens! E teve até guerrinha de neve.





No dia seguinte, fomos ao Cerro Piedras Blancas. De longe, para quem não sabe esquiar, o mais divertido, principalmente para as crianças. Até minha mãe arriscou um “skibunda”!





Vale levar um lanche na mochila pois lá só tem uma lanchonete no alto do cerro, com poucas opções.
São diferentes pistas de descida de skibunda e você pode comprar o passe para subir e descer 6 vezes. Nós não aguentamos tudo isso rs. É cansativo, mas muuuuito divertido!


Na volta, se você não estiver de carro (o que é aconselhável, a não ser que você tenha experiência em dirigir na neve) ou de táxi/remis, precisará de um pouco de paciência para pegar o ônibus que leva de volta à cidade. A fila é enorme!
O nosso 3º dia de passeio seria ao Cerro Otto. E aqui fica outra dica: fique de olho diariamente no tempo, porque alguns parques fecham devido ao mau tempo, principalmente com ventos fortes, por causa dos teleféricos. E foi isso o que aconteceu. O Otto estava fechado porque os ventos estavam muito fortes. Mudança de planos, e fomos para o Cerro Catedral.
Este é o mais famoso por sua estação de esqui. E tem também um pequeno centro comercial com várias lojas de locação de material e lanchonetes. Mas para quem não tem a intenção de esquiar ou de fazer uma aula para aprender, não há muito o que fazer. E, para nosso azar, como tivemos que mudar de programação em cima da hora, chegamos já quase na hora dos teleféricos fecharem (lá tem mais de um). O tempo no dia não estava ajudando... Além do mais, é o parque mais caro para entrar e não curtir muito. Resumindo: não aproveitamos muito desse parque. Quer dizer, não os adultos, porque o Ruan mais uma vez se acabou no skibunda!
Então, um conselho: vá ao Cerro Catedral cedo e reserve um dinheiro para fazer ao menos uma aulinha de esqui.


Em nosso último dia de passeio, finalmente nós fomos, pela manhã, ao Cerro Otto. Um lugar de belas paisagens, um mini-museu e uma confeitaria giratória, onde não perdemos a oportunidade de almoçar, claro! E para a diversão, mais skibunda e guerrinha de bola de neve!




Não poderia deixar de citar os São bernardos... lindos! Você pode tirar fotos com eles e estão por toda parte da cidade.

Bariloche oferece muitos outros passeios, mais longes, mais longos, mas que, infelizmente, dessa vez não tivemos tempo de ir. Assim como acabamos não aprendendo a esquiar. O que nos dá a certeza de que voltaremos!!
Espero que tenham gostado da ideia de visitar essa cidade linda.

terça-feira, 29 de março de 2016

Conhecendo a neve: Bariloche!

Uma viagem incrível com o Ruan que fizemos foi esta que vou contar a vocês. Para não ficar muito grande, vou dividir em 2 posts, ok?
Há uns 2 anos, o Ruan vinha pedindo para conhecer a neve. Ele queria aprender a esquiar! Então, prometemos que iríamos a Bariloche.
Nossa ansiedade em fazer essa viagem com ele ficou ainda maior depois que eu e o Junior fomos a Nova York, em janeiro do ano passado, no auge do seu frio, e não vimos a neve. Muuuuito frio... e naaada de neve!
Antes de qualquer viagem, nós sempre pesquisamos muito. Onde ficar, comer, comprar, passear, visitar... E viajar com criança precisa de mais planejamento ainda. Mas sempre aberto para adaptações ao roteiro! E dessa vez ainda tivemos o prazer de ter a companhia da minha mãe também.
E assim, após muita pesquisa, resolvemos alugar um apartamento ao invés de se hospedar em um hotel. O hotel, claro, tem a vantagem da comodidade. Mas o apartamento nos dava a oportunidade (e também economia) de fazer nosso café e alguma comidinha. Escolhemos um ap bem ao lado do Centro Cívico e num preço muito legal (alugamos pelo site do airbnb).
Outra dica para economizar é esperar, se possível, passar a temporada de férias do meio do ano. Agosto, além de ser o mês mais provável de neve, para nós brasileiros o preço da viagem fica bem mais barato.
Como não tinha voo direto, dormimos em Buenos Aires. Mas de manhã cedo seguimos ao nosso destino. Meu filho e minha mãe eram pura ansiedade (para quem os conhece, isso parece redundante rs)

A chegada à cidade é encantadora! Você, na estrada, com as montanhas cobertas de neve ao fundo. É lindo! 

O ap era aconchegante e com uma vista linda do lago.

Logo fomos para a rua almoçar e alugar as roupas para a neve. Uma dica: pesquise em diferentes lojas e negocie um desconto. Sempre dá certo! Nós alugamos na Patagônia show room, na rua Mitre 534.
O frio era intenso!! E para quem adora andar descalço e sem camisa até em dias de frio, o Ruan se saiu bem na proteção rs. O ideal é colocar uma 2ª pele, um moleton ou algo parecido por cima e, por último, um casaco bem quente. E não esqueçam: luvas, gorro, cachecol, meias grossas impermeáveis, hidratante e protetor labial e facial não podem faltar!
As chocolaterias são outro ponto alto de Bariloche. Adoramos a Rapanui, Del Turista e Mamuscka. E vale a pena também a visita a um museu de chocolate. Nós escolhemos o Museu/fábrica da Havanna.
Outro passeio que adoramos foi a ida, à noite, no Bar de Gelo. Não é barato pelo pouco tempo que se fica lá dentro. Mas é muito interessante e nos divertimos muito. O Ruan se acabou de dançar!



Para que o Ruan pudesse descansar bem, optamos por almoçar em casa e ir aos passeios à tarde. À noite, passeávamos pela cidade e fazíamos um lanche ou jantávamos. Vale destacar a carne do El Boliche de Alberto (uma delícia!) e o espaço aconchegante e fondue gostoso do El Casita (não tem como deixar de comer um fondue no frio de Bariloche, né?).

Nas caminhadas pelo centro da cidade, não volte para a casa sem cair na pista de patinação no gelo. No meu caso, literalmente! rs O Ruan teve uma ajudinha de duas argentinas super fofas.


No próximo post, vou falar sobre os passeios aos Cerros... É muita diversão!!

sexta-feira, 25 de março de 2016

A Páscoa e sua magia


            Páscoa... independente do seu real significado (o que sempre procuramos explicar ao Ruan), fico encantada com a doçura, literalmente, deste dia. Volto, junto ao meu filho, a ser criança e também ao tempo. O imaginário infantil é encantador e surpreendente. E meu filho ainda vive nele. Entre tantas brincadeiras e jogos de luta e super-heróis, ele ainda habita o mundo do Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e Fada do Dente... O que me deixa muito feliz! No meio de tantas tentativas de adultização dos nossos pequenos, eles ainda conseguem ser o que realmente são: crianças!

            Desejo a todas as famílias que ressuscitem seu lado criança e neste domingo (re)vivam a magia do imaginário infantil. Vale inovar na brincadeira ou mesmo manter a tradição do cantinho preparado com a cenoura para receber o coelhinho, ou deixar as pegadas no chão para que os pequenos possam achar seus ovos escondidos. Aqui, como o Ruan já descobriu que as pegadas não são reais, o coelho não deixou mais pistas, porque ele já está bem grandinho rs. Na ansiedade, ele acorda bem cedo, e começamos nosso dia assim, de pijama mesmo, na divertida missão de caça aos ovos. E viva a magia da Páscoa!

            Uma Feliz e abençoada Páscoa a todas as famílias!!

domingo, 20 de março de 2016

21 de março – Dia Internacional da Síndrome de Down


            A gravidez é um momento recheado de expectativas e emoções: o bater do coração, o crescimento da barriga, os chutes e movimentos que deixam a barriga transformada... O momento de cada ultrassonografia é tomado pela ansiedade, alívio e uma alegria infinita. Tudo parece perfeito... até a notícia que o bebê tem Síndrome de Down (SD). Na maioria das vezes, junto da notícia, vem o impacto da perda do filho “perfeito”, idealizado, sonhado; um bebê que não mais corresponde às expectativas construídas. E nasce também o medo de quais serão as suas necessidades, a insegurança em não saber como cuidar.

            Felizmente, hoje presenciamos uma luta maior contra o preconceito, embora ele esteja ainda muito presente. Mas o aumento da informação vem se tornando um grande aliado na inclusão social destes indivíduos. Apesar de haver ainda muito o que se fazer, o cenário vem mudando a cada ano. Temos cada vez mais crianças e adultos com SD participando ativamente do convívio familiar, escolar, acadêmico e social.

            Resultado de uma alteração genética, a SD é também conhecida como trissomia do cromossomo 21. E é exatamente por esta característica que o dia 21/3 foi escolhido como o Dia da Síndrome de Down.

            E que alteração genética é esta? O que ocorre é que, ao invés de 46 cromossomos esperados (23 pares), o feto apresenta 47 cromossomos em suas células; o cromossomo 21 vem com 1 cópia a mais. Na maioria dos casos, o cromossomo 21 extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação destes cromossomos no processo de formação do gameta de um dos pais – é a trissomia 21 simples. Existem outras formas de SD, porém raras, como o mosaico, quando a trissomia não está presente em todas as células; e por translocação, quando o cromossomo 21 está unido a outro cromossomo.

            Ainda não se sabe ao certo os fatores que levam à síndrome, mas sabe-se que a idade avançada da mulher, sobretudo a partir dos 35 anos, pode aumentar de forma progressiva a probabilidade do evento ocorrer, embora seja encontrada em bebês de mães de todas as idades.

            Se antes os pais sabiam do diagnóstico de SD somente após o nascimento do seu filho, hoje existem exames que rastreiam a presença de possíveis alterações genéticas ainda no início da gestação, entre a 11ª e a 17ª semanas. É possível, através da análise do sangue materno (onde se traça o perfil bioquímico) e da ultrassonografia morfológica fetal (que mostra a formação do osso nasal e a translucência nucal), sugerir um provável diagnóstico. Mas para a confirmação, exames invasivos são necessários, como a amniocentese (pulsão transabdominal do líquido amniótico entre as 14ª e 18ª semanas de gestação) ou a biópsia do vilo corial (coleta de fragmento da placenta). No entanto, por serem invasivos, a decisão sobre a realização destes exames deve ser discutida com o médico especialista. Após o nascimento, o diagnóstico de SD se confirma através do exame do cariótipo (estudo cromossômico), no qual se detecta a presença de um cromossomo 21 a mais. Este exame também ajuda a determinar o risco de recorrência dessa alteração em futuras gestações dessa mãe.

            As pessoas com SD apresentam características físicas específicas e um déficit intelectual, um ritmo particular para a aprendizagem. Muitas doenças associadas podem estar presentes, como: cardiopatias, problemas respiratórios e gastrintestinais, alterações auditivas, visuais e ortopédicas, hipotireoidismo congênito. A obesidade na adolescência também é um problema frequente e a dieta precisa de uma especial atenção. Diante de tantas necessidades específicas de saúde e aprendizagem, a criança, principalmente, precisa de uma assistência profissional multidisciplinar. E o ideal é que estude em escolas regulares, interaja com outras crianças e professores, sempre respeitando seu limite e desenvolvendo seus potenciais.

            É preciso estar consciente de que um filho com SD pode (e deve!) desenvolver todas as suas potencialidades, vencendo as limitações que a alteração genética lhe impõe. E, para isso, ele deve receber, desde o seu nascimento, estímulos motores e cognitivos rotineiramente, além, é claro, de muito amor, carinho, paciência e atenção. Ele é, como todas as outras crianças, capaz de amar, sentir, aprender, trocar, dividir e se divertir. Sensíveis, podem conquistar o espaço que quiserem.

            Numa sociedade tão intolerante e excludente, pedimos menos preconceito e mais amor, por favor! Um beijo grande, e esperança, a todos os que apresentam SD.

sábado, 19 de março de 2016

Escolhendo (novamente) uma escola


            Eu listei, no post anterior, algumas questões que eu acho importante analisar na hora da escolha da escola para os nossos filhotes.

            Hoje eu vou contar para vocês como foi essa minha experiência aqui em Manaus.

            Eu coloquei a proposta pedagógica como o primeiro item da lista, talvez porque tenha sido o que mais me deixou pensativa, angustiada e insegura.

            Como não tínhamos amigos e nem família aqui, foi difícil levar em conta alguma referência de escola. De qualquer forma, o Jr pesquisou entre os colegas de trabalho (muitos sem filhos) indicações sobre as escolas consideradas “tops” da cidade, enquanto eu, de Santos, pesquisava na internet. E aí veio o primeiro conflito de ideias e a evidência (mais uma vez) de que cada cidade, cada lugar, cada cultura carrega suas particularidades, suas verdades, suas diferenças. E, no fundo, como é enriquecedor e devemos estar abertos a isso.

            A busca pela internet nos mostra sempre as melhores escolas baseadas nas notas do ENEM. E eu confesso que, por enquanto, é o que eu menos levo em consideração (por várias razões que não serão discutidas aqui). No entanto, as sugestões dos colegas do Jr estavam todas de acordo com o que encontrei na internet, mostrando que aqui também, como para a maioria das pessoas por onde já passei, as notas do ENEM influenciam sim. Então, escolhi 4 dessas para conhecer – 3 que lideravam o ranking do ENEM e outra que estava entre as 10 melhores. Vim a Manaus só para isso e ver também o apartamento; não teria muito tempo para conhecer mais.

            A minha surpresa ao chegar aqui foi constatar que, diferentemente de Santos, as escolas consideradas tops são todas super tradicionais. E não há nenhuma crítica nisso, que fique bem claro. Apenas é a metodologia de ensino que eu não gostaria para o meu filho. Pelo menos não nesse momento.

            Ele estava estudando numa escola sócio-interacionista e sei que ele sentiria bastante essa mudança de metodologia. Era mais uma preocupação no processo de adaptação dele à nova cidade.

            Bem, como eu não tinha muito tempo para correr atrás de algo diferente, deixei então que todos os outros itens listados no post anterior pautassem a minha decisão. E, apesar de ser a mais longe de casa das 4 que conheci (aliás, as outras 3 são bem pertinho de onde moro), escolhi aquela “menos” tradicional delas, a que preenchia melhor todos os outros itens, a que oferecia uma gama de esportes extracurriculares, a que me pareceu promover o melhor bem estar, a que me pareceu que melhor acolheria meu pequeno (ele não pôde viajar comigo para conhecer as opções), a que deixou meu coração mais tranquilo. E era exatamente a que não liderava o ranking do ENEM.
            Nunca teremos a certeza se fizemos a melhor escolha, mas, ao menos por enquanto, tenho a convicção de que acertei em seguir meu coração. Ele está feliz, e, consequentemente, eu também. Confiem no seu sexto sentido!

quarta-feira, 16 de março de 2016

A melhor escola

           Uma das coisas mais difíceis para nós, mães e pais, é escolher a escola para o seu filho. E recentemente passei por isso mais uma vez... São tantos sentimentos: angústia, incertezas, insegurança, dúvidas! Aff! Como é difícil... Porque estamos sempre à procura da melhor escola. Mas será que ela existe? Na verdade, eu acredito na nossa melhor escolha porque a nossa melhor escola sempre será idealizada. E ela depende muito de cada família, da percepção de cada mãe e cada pai. E escola perfeita nós já sabemos que não existe, não é?! Não vamos encontrar uma que atenda a 100% de nossas expectativas.
           Hoje existem, de forma mais difundida, diferentes propostas pedagógicas: a tradicional, a construtivista, a Waldorf, a montessoriana, e por aí vai. E seria simplista dizer que essas propostas se resumem apenas ao conflito “construção do indivíduo” x “preparação para o vestibular”. Por isso mesmo, nos exige um pouco de pesquisa e conhecimento básico sobre cada uma delas para termos mais segurança em nossa escolha. Não vou entrar aqui na discussão pedagógica de cada proposta, apenas ressaltar que encontramos diferentes metodologias de ensino e devemos estar atentas a isso, ao que mais se assemelha ao que procuramos para nossos pequenos.
            Como experimentei esta busca recentemente, gostaria de compartilhar algumas questões que eu acho importante observar na hora de conhecer uma escola. É claro que cada família tem prioridades diferentes, e isso também depende muito da idade de nossos pequenos. Certamente, as minhas prioridades mudaram. Mas a minha lista aqui é apenas uma sugestão na intenção de ajudar a mãe que irá passar por isso.

  1. Afinidade com a proposta pedagógica: na idade do Ruan, acredito que essa deva ser a mais importante delas, porque a proposta da escola tem que estar de acordo com o que você acredita, deve ser uma extensão da educação que você dá. Precisa haver a mesma essência nos dois espaços.
  2. Construção do indivíduo: essa é uma questão muito relevante para mim. Mesmo que a prática possa ser diferente da teoria, eu sempre busco saber como a escola trabalha a questão dos valores, a construção do indivíduo, a valorização das diferenças, se oferece esportes. É difícil a escola enganar no discurso se ela não tem essa preocupação com seus alunos.
  3. Relação com a família: para mim, como educadora, é muito claro que a escola e a família devem andar juntos no processo educacional das crianças. E para isso acontecer de forma efetiva, a escola deve proporcionar uma boa, aberta e constante relação com a família.
  4. Preparo dos educadores: quem são os profissionais que vão trabalhar com meu filho? A escola incentiva/proporciona a atualização e o aprimoramento dos seus professores? É fato que, na prática, poucas são as que oferecem essas oportunidades aos seus profissionais, mas vale questionar e ficar de olho.
  5. Tamanho da turma: eu sempre questiono. Mesmo tendo uma auxiliar, não dá para fazer um bom trabalho, dar a devida atenção, com mais de 30 crianças (o que já acho muito!).
  6. Sensação de bem estar: sim, para mim vale muito o que meu coração está dizendo sobre aquele ambiente, se parece trazer uma sensação de bem estar e alegria às crianças.
  7. Apostilas x livros didáticos: acho que essa questão está mais presente quando nossos filhos entram na fase de alfabetização. Porque as apostilas costumam trazer o conteúdo de forma mais “engessada”, enquanto os livros didáticos permitem ao professor uma maior liberdade de levar ideias/atividades diferentes para a sala de aula. E isso, para mim, conta muitos pontos.
  8. Espaço físico: aqui conta todos os espaços que eu acho importante: sala de aula, espaço para brincar, para a educação física, para o recreio, a biblioteca, se há laboratórios de ciências e informática, se há recursos e equipamentos suficientes, se todos os ambientes estão limpos, etc.
  9. Acolhida ao aluno: como o meu filho sempre me dá um pouco de trabalho na adaptação a uma nova escola (e também no novo ano mesmo sendo a mesma escola), eu me preocupo em como a escola acolhe um novo aluno, o suporte, principalmente emocional, que ela oferece.
            Ufa! Este post ficou grande, né?! Mas há tanto a se falar sobre esse assunto... Estes foram os principais pontos que guiaram a minha escolha, neste momento. Mas eu não posso deixar de citar também, principalmente para quem mora em grandes metrópoles como Rio e SP (experiência que eu também já vivi), a localização e o valor, pois têm grande peso nas escolhas. É difícil caber na rotina uma escola que fique muito longe de casa ou do trabalho, ou que você tenha que enfrentar sempre grandes engarrafamentos. Assim como, eu acredito, que o valor da mensalidade e todos os extras já fazem uma triagem quando você tem uma ampla possibilidade de escolas boas. Porque só podemos oferecer o que cabe no nosso bolso, não é mesmo?!
           Espero ter ajudado vocês no que levar em conta na hora da escolha da sua melhor escola.
          Essa lista serviu para mim. E para você? Algum outro item importante? Divida com a gente. Tenho certeza que podemos ampliar esta lista!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Licença-paternidade: um tempinho a mais indispensável


            Assim que criei este nosso espaço, o Júnior me questionou o que eu ia falar sobre os pais. rs Sabemos da importância deles no desenvolvimento dos nossos filhotes, sobretudo na maturidade emocional deles. E, é claro, que abordarei o assunto várias vezes. Mas também sabemos, nós mães, a importância da presença deles ao nosso lado quando o filho chega ao mundo: a ajuda, o apoio, o suporte, a compreensão, a parceria. E, por isso, trago aqui uma boa notícia: semana passada, dia 08, a presidente Dilma sancionou a lei onde está incluída a extensão da licença-paternidade de 5 para 20 dias. A lei está presente na Política Integrada para a Primeira Infância, e a medida vale para as empresas que pertencem ao programa Empresa Cidadã.

            Assim, mamães, vocês podem ter a companhia do parceiro para ajudar nos cuidados com o bebê e com a casa, deixando a adaptação à nova realidade mais leve e um pouco menos exaustiva.

            Agora vamos torcer para que essa medida também estimule uma maior participação dos papais na rotina, um estreitamento no vínculo com seus filhos desde os primeiros dias e uma maior compreensão e cumplicidade com as recém-mamães. Porque nós, eles e os pequenos merecem!

sexta-feira, 11 de março de 2016

Gravidez em tempos de zika...

             No final de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde da Colômbia recomendou que as mulheres evitassem engravidar pelos próximos 6 meses, devido ao aumento no número de casos do vírus zika no país, gerando uma grande polêmica. Afinal, adiar ou não uma gravidez é uma decisão muito pessoal e um direito da mulher. E muitos são os argumentos de quem concorda e de quem não concorda com esta decisão.
            Identificada no Brasil no ano passado, o vírus zika se transformou no terror das gestantes e trouxe um dilema para quem sonhava em engravidar em breve.
            Transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado (o mesmo da dengue e da chikungunya), o vírus zika e a doença provocada por ele ainda estão cercados de dúvidas e interrogações.
            Assintomática na maioria dos casos, a zika pode se manifestar de forma parecida com a dengue, porém mais branda: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.
            Em relação às gestantes, as consequências parecem ser bem mais graves e complexas. O Ministério da Saúde do Brasil confirmou, em novembro de 2015, a relação entre a infecção pelo vírus zika em gestantes e o aumento no número de casos de bebês com microcefalia no nordeste brasileiro. No entando, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não ratificou essa associação, apesar de reconhecer as crescentes evidências desta possibilidade.
            Enquanto os casos se multiplicam pelo mundo, médicos e cientistas concentram esforços para levantar dados clínicos, virológicos e epidemiológicos que evidenciem (ou não) a relação entre o aumento dos casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos, como a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), e a transmissão do vírus zika. Dessa forma, facilitaria a compreensão desta doença e suas consequências e ajudaria a determinar as ações internacionais para contê-la. Além disso, há uma corrida científica para produzir vacina, exames mais confiáveis e medidas eficazes de combate ao mosquito transmissor. Este último parece ser o mais urgente e é, ao meu ver, o que se mostra mais difícil.
            Como já disse, muitas questões ainda estão para serem esclarecidas. E, infelizmente, a desinformação se espalha, de forma irresponsável e veloz, pelas redes sociais, gerando medo. Cabe a nós pesquisar a veracidade das informações.
            Estudos se intensificam para confirmar: a ação do zika na retina e no nervo óptico de bebês cujas mães foram infectadas com o vírus; e se a transmissão viral ocorre também por via sexual (as evidências ainda são limitadas).
             Para a prevenção, muitas são as recomendações:
- eliminar o foco do mosquito em seus criadouros;
- proteção pessoal como: uso de mosquiteiros, roupas que minimizem a exposição da pele, telas em portas e janelas, uso de repelentes que contenham o princípio ativo DEET, IR3535 ou icaridina;
- proteção pessoal para as gestantes durante todo o período da gravidez, uma vez que estudos apontam que o vírus pode causar dano ao feto em qualquer fase da gestação e não somente nos 3 primeiros meses;
- evitar que gestantes viajem para regiões de surtos de zika;
- sexo seguro, principalmente as gestantes cujos parceiros sexuais viajem ou morem em áreas de surto da doença.
            E recomendação muito importante: mães infectadas pelo vírus NÃO devem interromper a amamentação!
            Diante desse quadro, ter medo de engravidar em tempos de zika é inevitável, mas não deve gerar pânico. A melhor decisão? Aquela baseada em informação! E, acima de tudo, prevenção. Façamos a nossa parte!



quarta-feira, 9 de março de 2016

O limite da tecnologia


             Neste post, na verdade, eu não questiono qual é o verdadeiro limite da tecnologia. Este, tenho certeza de que não temos ideia. A minha pergunta é “Qual o limite que NÓS estamos dando à tecnologia em nossas vidas?” Porque sim, eu acho que ela precisa de limites...

            Recentemente, eu li numa rede social uma postagem, despretensiosa, em tom divertido, em que uma pessoa relatava o “cúmulo da preguiça”: ela deitada no quarto “conversando”, via WhatsApp, com a irmã que estava na sala. E me surpreendeu (ou não) outras manifestações de amigos que costumavam fazer a mesma coisa. Como assim?! Não seria mais gostoso conversar olho no olho? E esta cena me remeteu a uma outra, há quase 3 anos, que na ocasião me deixou extremamente perplexa. E, pior, inquieta, por perceber que não era uma exceção. Vou contar para vocês: eu estava em um bar para um happy hour com 3 amigos e mais meu filho (como eu não tinha com quem deixá-lo, era comum ele me acompanhar nos HHs rs). Enquanto conversávamos e ríamos, ao lado havia uma mesa com um casal, sentados um ao lado do outro. Ele vestindo terno e gravata, o que me fez acreditar que se encontravam após um dia de trabalho. Até aí, cena comum. O que me surpreendeu foi o som que vinha da tal mesa. Não era de vozes ou risos, mas sim do DS (eletrônico de jogos portátil) que cada um segurava em suas mãos. Exatamente! Eles não conversavam, não falavam sobre o dia, o trabalho, os desafios, os problemas, não namoravam. Eles estavam, um ao lado do outro, em silêncio, concentrados em seus respectivos jogos. Um silêncio que, eu confesso, fez muito barulho em meus pensamentos. E estes me fizeram perceber a quantidade de pessoas com seus celulares à mão... de crianças com seus iPads ou tablets e minigames (inclusive a minha criança)... E, viajando nessa realidade, cheguei até a reflexão sobre os casais, principalmente nas grandes cidades, com filhos, trabalhando até tarde, na rotina agitada, cada um dentro do seu próprio carro, sozinhos, novamente em silêncio...

            E eu continuo a me perguntar, sempre: Qual o limite que estamos dando à tecnologia na nossa vida? Que tipo de relação, de contato, de convívio estamos estabelecendo em nosso dia a dia...?

segunda-feira, 7 de março de 2016

Filhos crescidos, noites bem dormidas! #sqn


Da série “Não me contaram... quando engravidei” (rs)...

            Quando engravidamos, muitos são os conselhos e os avisos que ouvimos (até demais!). Talvez o mais frequente seja que não dormiremos uma noite inteira por muuuuito tempo. Algumas até tentam consolar que em 1 ou 2 anos o pequeno já estará dormindo bem. Ou que, no caso delas, com 2 ou 3 meses já dormiam da meia noite às 6 horas direto. Mas o que ninguém me contou é que esse tempo poderia durar até 7 anos!! Sim... o meu pequeno já não é tão pequeno assim e raramente (digo, quase nunca!) consegue ter uma noite inteira sem acordar e, claro, me chamar. E não preciso responder que eu vou, né?!

            O acordo é que ele não pode ir para a minha cama e sim, eu ir até o quarto dele (até porque ele já não cabe mais confortavelmente entre mim e o meu marido rs). Muitas vezes, ele me chama do quarto dele mesmo; outras, ele vem até o meu para me acordar. O sono materno é tão leve que ele nem precisava sair do quarto dele... E confesso que, se não fosse pelo pai, ele cairia de volta no sono na minha cama por muitas noites. Porque tem dias que eu estou exausta e não tenho mais energia e, às vezes, nem a paciência que eu gostaria. Sim mães!! Nós somos humanas e também ficamos cansadas, exaustas, impacientes. Mas, geralmente, nestes dias, eu respiro fundo e vou até o quarto dele só para colocar a minha mão sobre suas costas e vê-lo dormir novamente. Tem noites que eu penso: “Ufa! Hoje foi rápido!”. Em outras, depois da 3ª levantada, eu rezo: “Por favor, meu anjo, acorda agora só de manhã...” E ainda assim, depois de mais uma noite mal dormida, quando eu o vejo de manhãzinha em cima de mim, eu agradeço a Deus por ter esse sorriso e abraço gostosos para me desejar um bom dia.

            É... a maternidade nem sempre é colorida, não é mesmo?! Mas é uma delícia!!!
            E com vocês, me contem, como é o dormir nas suas casas?