quarta-feira, 9 de março de 2016

O limite da tecnologia


             Neste post, na verdade, eu não questiono qual é o verdadeiro limite da tecnologia. Este, tenho certeza de que não temos ideia. A minha pergunta é “Qual o limite que NÓS estamos dando à tecnologia em nossas vidas?” Porque sim, eu acho que ela precisa de limites...

            Recentemente, eu li numa rede social uma postagem, despretensiosa, em tom divertido, em que uma pessoa relatava o “cúmulo da preguiça”: ela deitada no quarto “conversando”, via WhatsApp, com a irmã que estava na sala. E me surpreendeu (ou não) outras manifestações de amigos que costumavam fazer a mesma coisa. Como assim?! Não seria mais gostoso conversar olho no olho? E esta cena me remeteu a uma outra, há quase 3 anos, que na ocasião me deixou extremamente perplexa. E, pior, inquieta, por perceber que não era uma exceção. Vou contar para vocês: eu estava em um bar para um happy hour com 3 amigos e mais meu filho (como eu não tinha com quem deixá-lo, era comum ele me acompanhar nos HHs rs). Enquanto conversávamos e ríamos, ao lado havia uma mesa com um casal, sentados um ao lado do outro. Ele vestindo terno e gravata, o que me fez acreditar que se encontravam após um dia de trabalho. Até aí, cena comum. O que me surpreendeu foi o som que vinha da tal mesa. Não era de vozes ou risos, mas sim do DS (eletrônico de jogos portátil) que cada um segurava em suas mãos. Exatamente! Eles não conversavam, não falavam sobre o dia, o trabalho, os desafios, os problemas, não namoravam. Eles estavam, um ao lado do outro, em silêncio, concentrados em seus respectivos jogos. Um silêncio que, eu confesso, fez muito barulho em meus pensamentos. E estes me fizeram perceber a quantidade de pessoas com seus celulares à mão... de crianças com seus iPads ou tablets e minigames (inclusive a minha criança)... E, viajando nessa realidade, cheguei até a reflexão sobre os casais, principalmente nas grandes cidades, com filhos, trabalhando até tarde, na rotina agitada, cada um dentro do seu próprio carro, sozinhos, novamente em silêncio...

            E eu continuo a me perguntar, sempre: Qual o limite que estamos dando à tecnologia na nossa vida? Que tipo de relação, de contato, de convívio estamos estabelecendo em nosso dia a dia...?

3 comentários:

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  2. Oi, tudo bem? Parabéns pela sua iniciativa, de uma profissional, mulher e mãe inteligente como vc com certeza não esperava outra coisa.
    Concordo com vc que a tecnologia está afastando as pessoas do contato pessoal, mas acho que a tecnologia também salva vidas, quem sabe vc não pesquisa e coloca algo sobre esse assunto, bjs e mais uma vez PARABENS

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  3. Obrigada. Com certeza a tecnologia tem infinitas influências positivas em nossas vidas. Obrigada pela dica. Bj

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